quarta-feira, novembro 24, 2010

Brasil ocupa 73º posição entre 169 países no IDH 2010


No relatório de 2010, o Brasil alcançou 0,699 pontos, numa escala que vai de 0 a 1. Ainda seguindo a revisão das variáveis, o IDH de 2009 foi de 0,693; o de 2005 ficou em 0,687 e o de 2000, em 0,649. Com essa evolução, o Brasil apresentou uma taxa média anual de crescimento de 0,73% na última década. Para chegar a esse resultado, o Brasil mostrou melhorias em índices importantes analisados pelo Pnud. Segundo o estudo, o resultado da evolução geral do IDH brasileiro é inequívoco, mostrando uma tendência de crescimento sustentado ao longo dos anos. Esse crescimento tem sido mais influenciado pela educação, seguida da expectativa de vida, que teve um leve crescimento, de 72,2 anos, em 2009, para 72,9 anos no relatório de 2010.
A taxa de mortalidade infantil, que já chegou a criar saias justas entre o governo brasileiro e o Pnud por divergências entre os números analisados, mostrou uma melhora considerável, atingindo 18 mortes a cada 1.000 nascidos vivos, segundo dados de 2008. Para efeito de comparação, o Ministério da Saúde apresenta dados de 2008 de 19 mortes a cada 1.000 nascidos vivos. Já entre crianças de 0 a 5 anos, a taxa é de 22 mortes a cada 1.000, enquanto o governo brasileiro utiliza oficialmente o dado de 22,8 óbitos para cada 1.000 nascidos vivos.
Na educação, o relatório mostra que 90% dos adultos brasileiros são alfabetizados. E aí entra uma mudança feita pelo Pnud no cálculo desta variável. No antigo IDH eram utilizadas as variáveis alfabetização e matrícula combinada, isto é, matrículas no primário, no ensino médio e superior, dada como percentual. O problema é que, com a melhoria global da população, esses valores passaram a ficar muito parecidos entre os países. Como o próprio estudo afirma, “nenhum país assistiu a declínios na alfabetização ou anos de escolaridade desde 1970: desde 1960, a proporção de pessoas que frequentou a escola subiu de 57% para 85%”. Com isso, a alfabetização deu lugar aos anos médios de estudo e a matrícula combinada foi substituída pelos anos esperados de estudo. Apesar dos números serem positivos, ainda não são suficientes para dizer que o Brasil é um país de desenvolvimento muito elevado nessas áreas.



ELABORADO POR: MILLA GUIMARÃES / JUSSARA MATIAS / ICARO TORRES/ ROGER